A toxina botulínica em centenas de patologias.
A toxina botulínica, conhecida popularmente como botox, é uma substância derivada de uma bactéria e atua imobilizando temporariamente a ação muscular, a partir de um bloqueio na comunicação do nervo com o músculo.
O uso mais conhecido da toxina é no tratamento estético das rugas de expressão, buscando rejuvenescimento. Doses específicas são aplicadas em cada músculo, de acordo com a força e papel destes músculos na formação das rugas.
Em janeiro de 2017, a revista Time destacou o uso do botox além da estética. Existem centenas de usos, baseados no conceito do bloqueio da ação muscular. Disfunção erétil, problemas de contração da bexiga e depressão são algumas das patologias onde o botox ganha espaço.
Em cirurgia plástica, além da estética, se destaca o uso com patologias como hiperidrose, espasmos palpebrais e paralisia facial.
A hiperidrose é a condição onde há suor excessivo em áreas específicas do corpo: palmas das mãos, axilas, planta dos pés, rosto, entre outras. Pacientes com hiperidrose tem convívio social mais difícil podendo, em alguns casos, levar ao isolamento. O botox atua bloqueando a ação das glândulas sudoríparas do local, reduzindo a produção do suor.
O blefaroespasmo, ou contrações involuntárias das pálpebras, são tremores descontrolados da região, que levam a incômodo estético e funcional, podendo até dificultar a visão e levar à cegueira. A toxina botulínica bloqueia a ação de musculaturas especíifcas, reduzindo o espasmo e devolvendo ao paciente a ação normal das pálpebras.
A paralisia facial pode ser por causada por infecções, trauma, AVC ou até mesmo não ter causa específica. O bloqueio muscular é realizado no lado não-paralisado e o objetivo é a melhora do desequilíbrio facial, com ganho na autoimagem e qualidade de vida do paciente.
A toxina botulínica é um produto versátil, com muitas possibilidades de utilização. A orientação por um cirurgião plástico habilitado é fundamental para a indicação correta e eficiência no tratamento.